sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O pacto

- Tudo vai dar certo! Sim, vai dar! * A insegurança naquele momento
Era o menor temor que tinha pelo que diziam ainda que tudo saísse
Errado algo acontecia. Para que essas idéias passassem pensava sempre
Em seu futuro, imaginava-se nadando em dinheiro, cercado por mulheres
E jóias, carros, ferrares lustrosas preenchendo algumas das vagas que
Teria em sua mansão. Mas o que mais o deixava feliz era largar aquele
Senhor que o enchia o dia inteiro para produzir mais, aquele
Desgraçado do seu chefe pagaria por cada palavra que tinha proferido
Sem pensar e o magoara muito. Colocou-se de pé, deu mais uma olhada no
Livro que estava em sua cabeceira e por alguns instantes pensou em desistir. 
Ele havia sido comprado numa lojinha que nunca vira na esquina da rua em 
Que morava. O livro era pequeno e não passava de cinco folhas com desenhos
e pouca escrita, feita à mão, numa letra rústica de quem aprendera a escrever 
há pouco tempo. Pegou um giz branco e começou a riscar o chão em volta da cama,
primeiro uma circunferência que ia de um lado ao outro da cama
passando por debaixo dela, depois alguns símbolos que nem sabia o que
significava, só transcrevia para dentro do círculo na ordem que o
livro indicava. O último aviso do livro pedia para que mantivesse a
confiança, por isso foi obrigado a repetir para si mesmo mais algumas
vezes que tudo iria dar certo. Enquanto repetia para si mesmo foi
apagar a luz e terminar os preparativos, acendeu velas brancas em
quatro pontos da circunferência e colocou o livro a frente da cama.
Ergueu os braços para os céus e depois os direcionou para debaixo da
cama e iniciou um cântico com a voz trêmula* - Os portões estão
abertos, use-se de mim e dê-me teu poder. Venha a mim ó senhor das
trevas aquele que habita a escuridão serei seu escravo! * Nada aconteceu,
nem mesmo as luzes das velas tremularam. Respirou fundo, e já com 
esperanças de que nada funcionasse repetiu o verso mais alto e mais forte*
- OS PORTÕES ESTÃO ABERTOS, USE-SE DE MIM E DÊ-ME TEU PODER. VENHA A MIM, Ó SENHOR DAS TREVAS AQUELE QUE HABITA A ESCURIDÃO SEREI SEU ESCRAVO! *

Por instantes foi apenas silêncio, o rapaz conseguia ouvir o próprio coração batendo com um martelo em seu peito, cada vez se aliviando por nada ter acontecido. No entanto, ele sentia
que algo estava para acontecer, talvez fosse aquele arrepio que lhe
subiu pela espinha. Respirou fundo, mantendo a calma, mas não chegou
nem a vislumbrar o que seria a calma, pois naquele momento as luzes
das velas apagaram-se, um cheiro de enxofre preencheu o quarto, ele se
endireitou frente aos rabiscos no chão e tentou não tremer repetindo
em sua cabeça que estava protegido. O assoalho rangeu o barulho de
algo se arrastando lentamente por ele invadiu a mente do rapaz. O
barulho cessou em pouco tempo, quando duas criaturas saíram de debaixo
de cama, elas brilhavam e iluminavam o ambiente precariamente. O rapaz
chegou a ficar aliviado, pois eram apenas pirilampos. No entanto,
assim que voaram para baixo iluminaram uma forma que saía por debaixo
da cama, arrastando-se, como se o corpo estivesse quebrado, as mãos
com unhas grandes que riscavam o chão no mínimo toque, roupas
acinzentadas cobrindo o corpo. O ser se ergueu, parecia um boneco
suspenso no ar, as criaturinhas brilhantes aproximaram-se iluminando
uma máscara branca e risonha. Nada se dizia o homem por fora do
círculo tremia e aquele que estava por dentro tomou a iniciativa.* - O
que quer? * Simples e objetivo, uma voz vagarosa, com tons amistosos
temperada levemente com maldade, não dizia nada além do que queria
perguntar, mas insinuava nuances de possibilidades daquilo que poderia
ser dito. Os pirilampos apagaram-se e ao acenderem novamente mostraram
uma máscara de olhos abertos olhos que pareciam em chamas e um sorriso mais discreto. * - Riqueza e vingança! * A voz trêmula pediu, sem muita segurança daquilo que
fazia. Os olhos azuis por trás da máscara sorriram.* - Assim será... *
Risos cheios de ironia tomaram o lugar, as criaturas se apagaram e as
velas voltaram a se acender* - O contrato está feito... * O homem
respirou aliviado, e viu que no chão do quarto, bem a sua frente, o
pequeno livro estava aberto com algumas poucas linhas escritas.
Tomou-o em suas mãos e ao passar uma de suas páginas, a folha cortou
seu dedo. O sangue escorreu pela página e foi fazendo curvas, formando
o nome do rapaz. Tudo que deu para ler foram às últimas frases:
“Assinado pelo sangue com que pagarei, o pedido será feito. George”. E
logo depois todo o contrato se perdeu. Era novamente apenas mais um
livro de ritual. Simples e com diversas folhas em branco. Os dias passaram
e George nada notara de diferente em sua vida o mesmo trabalho chato
o mesmo chefe chato, as mesmas contas a pagar, a mesma pobreza de sempre
E tudo aquilo estava o deixando muito irritado , seria tudo aquilo uma farsa ? pensou contigo mesmo. George voltava to trabalho quando um bilhete de jogo ele avista, era um bilhete do ultimo sorteio feito nas lotéricas , imediatamente pega o bilhete e pensa , seria este o bilhete premiado da Loteria, lembrando apenas dos primeiros numero ditos na televisão 66 67 12 69 33 faltavam mais dois números, ele então corre ate as lotéricas chegando La mostram o bilhete para a moça que sorri dizendo uns discretos parabéns, George não acredita no que acabara de acontecer ele tinha ganhado mais de 65.212,12 libras em dinheiro, seu dinheiro e depositado em sua conta e logo já começa a fazer planos para como gastar essa bolada, mas antes tinha algo a resolver.
No dia seguinte George falta o trabalho então seu chefe liga perguntando o motivo da falta, ele simplesmente diz que não queria conversar àquela hora, pois estava ocupado que qualquer hora passara no serviço para conversar, seu chefe cuspindo marimbondos dispara palavrões contra George que do outro lado não se contem em risadas, logo em seguida George começa a fazer o uso de seu dinheiro, comprando mansões fora do pais, ações, carros entre outros, ele então vai ate o seu emprego e diz ao seu chefe que não ira mais trabalhar, pois não agüentava mais aquele emprego fugido onde estava e que um dia ainda ele pagaria por tudo e simplesmente sai sem dizer mais nada, assustado e sem entender seu chefe não fala nada, George volta ate sua casa dirigindo sua BMW levando sua nova TV 42 polegadas e seu novo vídeo game que fica jogando ate tarde da madrugada, o tempo vai passando e a madrugada vai adentrando e George não nota o tempo passando ele então resolve ir deitar ao chegar a seu quarto ele nota o cheiro de enxofre que havia sentido no momento do pacto e no canto dele a criatura com qual tinha acordado, a criatura então diz * - Cumpri com meu acordo? esta pronto para cumprir com o seu? , George estava tremulo lembrando que oferecera seu sangue em troca pensando como aquilo seria feito então suando em bicas e gaguejando diz * - Cla Claro! E eu soou um homem de palavra, a criatura então se acabando de rir diz * - Tudo bem George irei receber minha parte em pequenas partes, pois quero que desfrute te tudo isso antes de ser meu George desesperado tenta falar com a criatura que some sem dizer se quer mais alguma palavra, ele então começa a pensar nos problemas daquele pacto, mas estava muito feliz e pensa que seria cedo demais para poder pensar nas degraças que aquilo poderia trazer. No dia seguinte George acorda com uma tremenda dor de cabeça e se sentido fraco, ele vai ao medico para consultar e nada e diagnosticado, pensando ser apenas um mal estar ele vai viver sua vida. A cada dia que passa George se nota mais magro e mais cansado, pálido como se tivesse com alguma anemia, os dias vão passando e seus gastos em viagem são ilimitados, George estava tendo seu sonho realizado, mal sabia que aquilo com o tempo se tornariam um pesadelo. Os dias passaram rapidamente George que antes pesava 80kg , já estava com 50kg e estava irreconhecível , amigos e familiares tentavam falar com o rapaz , mas ele pouco importava afinal tinha dinheiro e isso era o que importava . Em um quarto de sua mansão em Ibiza George passa mal e levado as presas ao hospital, em seu leito ele começa a ter alucinações, escutar vozes e a sentir cheiro de queimado e enxofre, no meio da madrugada uma enfermeira surge no seu quarto, dizendo que veio trazer um recado, derrepente algo encarna na mulher que começa a dizer com uma voz rouca e tremula *- Ola George, está aqui para te lembrar do acordo, fico orgulhoso que esteja cumprindo ele do jeito que eu quero, e lembrasse tudo isso que esta acontecendo e por sua culpa, afinal a ganância se paga a sangue, a criatura some e o dia amanhece o medico que cuida de George o libera e diz que ele pode ir para casa , então ele volta para sua casa em Colina Falls na Inglaterra onde tudo começou , pensando que La poderia ter mais sossego perto de amigos e familiares. 
Chegando a Colina Falls - ING ele vai direto para sua casa, chegando La liga para seus amigos e conta o que esta acontecendo, eles então aconselha a procurar um medico psicólogo, seus familiares dizem o mesmo o dia vai passando quando a campanha toca era Suely mãe de George o fazendo uma visita , mal ele percebe que sua mãe estava muito diferente e parecia insinuar algo, ela então conversa com ele passa o dia com seu filho e então na hora de sair ela despede do seu filho como se fosse a ultima vez que o veria e diz para tomar cuidado e se cuidar ela então lembra que tinha trago algo pra George e diz que iria deixar no seu quarto em cima da mesa de canto próximo a sua cama e sai se despedindo e segurando um choro que estava engasgado e preso, a noite chega e George começa a ter alucinações, visões e se sentir mal, ele então não agüentando mais se debate contra as paredes ate que vai para seu quarto lembrando que sua mãe o tinha trago algo ao se aproximar encontra um revolver 5 mm em cima da sua mesinha de canto com um bilhete escrito, Do it ass.: Mom, George liga para sua mãe no mesmo instante que não atende, ele então atordoado e nervoso sem pensar engatilha o revolver aponta para sua cabeça e dispara contra si próprio, o corpo de George cai, o tempo vai passando e amigos, vizinhos familiares notam que George não retorna ligações não teria nem ido no velório da mãe dia 06/06/11 o mesmo dia em que teria visitado George e ele teria cometido o suicídio, Rony um amigo resolve então visitar George notando que ninguém o responde arromba a porta encontrando o corpo do amigo no chão intacto, Rony corre e começa a gritar o nome de George tentando acordá-lo, mas nota o tiro em sua cabeça e percebe que ele esta morto, Rony chama a policia que nota que o corpo poderia estar ali há meses já que comida na geladeira estava estragada, a casa estava completamente sujo e empoeirado, mas o curioso e que o corpo estava em estado perfeito ao tirar as vestes de George algo chama atenção o numero 666 estava gravado em sua barriga e no Local onde havia acertado o tiro caia gota por gota de sangue, o corpo foi levado a pericia onde foi feito exames e constatado suicídio o mais curiosos que ate o velório as gotas de sangue não paravam de pingar e diz que ate hoje, ele esta pagando sua divida gota por gota.

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